França baixa impostos<br>em ano de eleições
O governo francês anunciou, dia 9, a oito meses das eleições presidenciais, uma redução de impostos para as famílias e empresas a partir do próximo ano.
Segundo o ministro da Economia, Michel Sapin, o governo decidiu «devolver aos franceses parte dos esforços que lhes havia exigido».
As remunerações imediatamente acima do salário mínimo nacional terão um desagravamento fiscal de 20 por cento em média.
O salário mínimo em França situa-se hoje em 1466 euros. A descida de impostos incidirá principalmente sobre as remunerações em torno de 1700 euros, beneficiando cerca de cinco milhões de famílias em 200 euros anuais.
Até agora as medidas de alívio fiscal aplicadas desde 2014 sobre os rendimentos do trabalho representaram cinco mil milhões de euros. As novas reduções anunciadas significarão a devolução de mais mil milhões aos bolsos dos trabalhadores.
Desde 2012, quando teve início o mandato presidencial de François Hollande, a carga fiscal sobre as famílias foi sendo sucessivamente agravada, totalizando 35 mil milhões de euros.
Este acréscimo da receita foi transferido quase integralmente para as empresas, que beneficiaram de cerca de 32 mil milhões de euros, entre a descida da fiscalidade e das contribuições sociais.
Em 2017, o imposto sobre os lucros voltará a baixar de 33,33 por cento para 28 por cento, mas só para as pequenas e médias empresas. A medida será estendida às restantes em 2020.